Obra de Fausto Oliveira, da Coleção Inquietações Contemporâneas, aborda a necessidade de reaprender a debater o Brasil
Jornalista especializado na área econômica, sobretudo industrial, Fausto Oliveira destaca em seu livro a necessidade de reaprender a debater o desenvolvimento socioeconômico no Brasil, caso haja a intenção de tirar o País do rol dos párias e das economias periféricas. De acordo com o autor, é preciso construir uma nova ideia de Estado Desenvolvimentista, deixando para trás a velha polêmica de que a presença estatal na economia é prejudicial – coisa de ditadura comunista – e reconhecer a necessidade de colaboração entre Estado planejador e empresas privadas. Essa cooperação, diz ele, é que irá constituir um modelo benéfico para uma economia voltada para o bem-estar coletivo, e não apenas para o lucro.
Fausto mostra que, nesta primeira metade do século 21, o Brasil é o país que, mais uma vez, está vendo o mundo mudar sem fazer absolutamente nada para se beneficiar das oportunidades que antes não existiam.
“Cabe à sociedade acordar e formar a massa crítica necessária para mudar o rumo da história no sentido que desejamos. Em lugar de um destino de país pobre e subdesenvolvido, um antidestino de ousadia e altivez”, diz o autor, cuja vontade é “estimular esta coragem coletiva”.
Fausto Oliveira, além de jornalista econômico é autor de livros de ficção voltados para a divulgação de temas de economia e criador do projeto Revolução Industrial Brasileira (rib.ind.br), que informa sobre as possibilidades reais de desenvolvimento para o Brasil.
SOBRE A COLEÇÃO INQUIETAÇÕES CONTEMPORÂNEAS
Voltadas para um público não especialista e estudantes, as obras da Coleção Inquietações Contemporâneas, lançamento da Editora de Cultura, focalizam temas de atualidade no País e no mundo, partindo da discussão de um caso emblemático e socialmente inquietante. “Nossa intenção é detectar questões candentes do momento nacional e internacional, buscando um contraponto crítico ao caldo de cultura de retrocessos em curso”, destaca o geógrafo Diego Pautasso, coordenador da coleção.
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