Pela primeira vez, a mais antiga língua indígena em uso no Brasil ganha versão da nossa Carta Magna
Essa tradução da Constituição foi feita na língua yegatu ou nheengatu, também conhecida como língua geral ou língua amazônica na região norte. Ela é falada por 20 mil a 30 mil brasileiros (indígenas ou não) e é considerada uma versão moderna do tupi antigo. O lançamento foi feito há alguns dias em São Gabriel da Cachoeira (AM), município onde a língua é considerada oficial, ao lado do português. Um fato curioso é que, até meados do século 19, era a língua mais falada em São Paulo, e deu origem ao linguajar caipira paulista. Era a língua dos Bandeirantes, que a levaram para os mais distantes pontos do país, até onde seu espírito aventureiro, comercial e de busca de mão-de-obra escrava indígena os conduziu. A língua geral do Norte, ou amazônica, tem maior influência indígena, enquanto a antiga língua geral paulista era uma mistura de tupi antigo com português e espanhol, devido à colonização.
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